Desde 1941
Em 2011, em Porto Alegre, a Vila dos Pescadores (Vila Guaíba) através do resgate histórico desta comunidade
impar pela pesquisa, avaliação dos fatos, dados, homens/mulheres/memórias, agregando todo
o teor da celebração e sofisticação e auto-estima para com seus moradores.
·
A
antiga Vila dos Pescadores (1941),
·
Alterada
para Vila Guaíba (1980),
·
Retorno pelo resgate histórico para Villa dos Pescadores (2011), nos seus 70 Anos.
Uma parte da história de Porto Alegre passou por aqui:
A Vida
Por terra ou por água, como história:
A fauna e flora
As águas da fonte colossal do Guaíba
O lago do Viamão
Os caçadores/ coletores Nômades
Os antepassados Índios da nação Tupi-Guarani
O sesmeiro Dionísio Rodrigues Mendes
Os Açorianos
O denominador do arraial - José Guimarães Tristeza
Pelo Guaíba o imperador Dom Pedro I
Os Farroupilhas
O General Bento Gonçalves
Pelo Guaíba a Frota Farroupilha
A Armada Imperial
O presidente da Província o Barão de Caxias (futuro Duque)
Pelo Guaíba SS.MM. Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina
O senhor da Ponta do Dionísio - José Assunção
O descarte da cidade no aterro sanitário
Pelo Guaíba Princesa Imperial Isabel e seu esposo Conde D’Eu
O Trem da Zona Sul
As Pedras da Pedreira na futura Vila dos Pescadores
Arquiteto da Cidade Theo Wiederspahn e seu irmão Henrique
A festiva presença do senador Pinheiro Machado na Tristeza
A pedreira que fez o cais do Porto de Porto Alegre
Pelo Guaíba a visita do Presidente da República Washington Luis
O hidroavião da Varig
Do balneário nasceu a Villa Assunção
Pelo Guaíba Presidente da República Getúlio Vargas
A Grande Enchente - 1941
O novo início dos pescadores pelas mãos do Intendente Loureiro da Silva
Nasce a Vila dos Pescadores - 1941
A pesca e a fartura do Guaíba
Na Vila dos Pescadores o serviço de balsas do DAER para travessia do Guaíba
A Estação dos Bombeiros
O famoso Bacalhau da Vila dos Pescadores
Atriz Carmem Silva, moradora da Vila Assunção,
O Campo de Futebol da Pedreira na Vila dos Pescadores
Os clubes náuticos
A presença do freguês Lupicínio Rodrigues
Ditadura - os presos políticos para a Ilha do Presídio
O grande vizinho - Condomínio Residencial Poente do Guaíba
União e fundação da Associação Comunitária da Vila dos Pescadores
Inauguração da sede da Associação de Moradores
A padroeira - Nossa Senhora dos Navegantes
Construção da Capela Nossa Senhora dos Navegantes
Construção do Salão Paroquial
A conquista da Escola de Educação Infantil - ABENSA
Desenvolvimento
Presidenta da República Dilma Roussef, moradora da Vila Assunção
O Pôr-do-Sol, os Ventos, a Chuva, e,
Muitos outros fatos e personagens...
Da antiga Vila dos Pescadores,
- Hoje se vive a nova Villa Pescadores.
Resgate Histórico
Villa dos Pescadores - 80 Anos (1941-2021)
- Grandes acontecimentos e personalidades já passaram pela Ponta do Dionísio no Morro do Cristal por Terra, pelas Pedras, pelas Águas do Guaíba:
Nossa Vida passa pelo Guaíba
“A Cultura das Águas e dos Ventos”
Os vários nomes da nossa Antiga Capital:
Porto do Viamão
(por volta de 1730)
Porto d’Ornellas (Dorneles)
(por volta 1740)
Povoado do Porto dos Casais
(por volta de 1752)
Freguesia de São Francisco das Chagas do Porto dos Casais
(1772)
Freguesia de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre
(1773)
Villa de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre
(1 ano após a vinda da Família Real Portuguesa ao Brasil - 1809)
Cidade de Porto Alegre
(após a Independência do Brasil e no Império a partir de 1822, e depois na República a partir de 1889)
- As águas tranqüilas do Guaíba deram as boas-vindas a todos. E as misturas, que em outras geografias tornaram-se explosivas, aqui renderam uma cultura única, múltipla, em que se mesclam os sabores gastronômicos, hábitos e crenças com muita tradição: - a democracia e a cidadania exercidas dia a dia, incorporadas à qualidade de vida e ao modo de ser porto-alegrense.
A antiga Vila dos Pescadores, atual Villa Guayba é Porto Alegre e quer recebê-lo:
Bem Vindo
Villa dos Pescadores – Bairro Assunção – Zona Sul – CEP: 91900-410
Lançando Idéias
Pescando Soluções
Muito se tem escrito sobre a história de Porto Alegre. Mas é inegável que ainda somos carentes de obras mais abrangentes sobre a formação e evolução das comunidades, da cidade, do pitoresco, em seus aspectos sociais, urbanísticos, políticos e econômicos. A carência é ainda maior quando se trata de trabalho de difusão do conhecimento histórico, que transcendem os meios acadêmicos para alcançar camadas mais amplas da população, principalmente às novas gerações.
Esta é a razão principal que a Comunidade da antiga Vila dos Pescadores se sente orgulhosa em viabilizar esta série, a par de uma linguagem popular e de abordagem sintética, onde traça um painel completo do desenvolvimento da nossa região, hoje situada e divulgada pela imprensa como a que proporciona aos seus moradores capacitação, estrutura e a busca de uma melhor qualidade de vida.
Um dos princípios que orientam as ações da Comunidade da Villa Guayba é o compromisso com a Qualidade de Vida, com a melhoria do Bem-Estar e das condições econômicas dos moradores.
Conhecer a própria história é pressuposto básico para a cidadania, tem hoje no dado cultural um dos seus indicadores mais importantes.
Em 2011, a Villa dos Pescadores, antiga Vila Guaíba, completou 70 anos de fundação.
Acreditamos que este trabalho de resgate é um presente à altura da trajetória dos fundadores que aqui fincaram raiz pela civilidade e pela preocupação com a Cultura e preservação do Meio Ambiente do Morro do Cristal na Ponta do Dionísio de tantas histórias.
(conforme planta incompleta da Cidade de Porto Alegre C.F.E.P., compilada e desenhada por F. Bellanca, 1932).
A relevância das condições da natureza que atuam nas atividades pesqueiras e que constituem o espaço do pescador, mesmo que não sejam completamente determinantes em formar um conjunto de processos que influenciam as relações entre homem e natureza.
A comunidade foi formada ao longo dos anos com a vinda de pessoas de diferentes regiões da cidade, inicialmente por moradores da Ilha da Pintada, trazido à força pela impiedade das águas da Enchente de 1941. Por essa característica, a Vila dos Pescadores já nasce com sinais diferenciados, presentes na forma de vida dos fundadores, constituídos na sua relação com o Lago Guaíba, com a pesca, com o caíque, com a rede, com a solidariedade.
A tradição presente na antiga Vila dos Pescadores faz parte da constituição da paisagem do Guaíba e do espaço urbano de Porto Alegre.
A disputa pelo espaço (Limonad, 1999) fica clara aos nos depararmos com as diferenças e contrastes da Vila dos Pescadores com relação à Vila Assunção ou mais próximo o Condomínio Residencial Poente do Guaíba, as características que vamos chamar “burguesas” com as virtudes paisagísticas para a cidade de Porto Alegre, vislumbra-se a Vila dos Pescadores como um incômodo bloqueio, sem estética, na visão da bela paisagem do Guaíba e de seu pôr-do-sol.
Ignora-se pelo capital, um passado histórico que remonta as tradições lusitanas e a cultura da pesca na cidade desde seu início e que ainda se encontra permeado nas atividades e lembranças de seus moradores.
DECISÃO
"Entidades e Colaboradores atuantes na Villa dos Pescadores"
Associação Comunitária dos Pescadores da Vila Guaíba – AGua
Casa do Pescador
Fundada em 08 de novembro de 1980
Avenida Guaíba, nº 26
Villa Guayba
Grupo dos Pescadores da Vitória
Casa das Pescadoras
Fundada em 2010
Avenida Guaíba, nº 48
Villa Guayba
O “Grupo dos Pescadores da Vitória” realiza semanalmente no salão paroquial da Capela N. S. dos Navegantes, na Casa das Pescadoras, reuniões de pauta e diversas manifestações sociais e culturais.
Associação Beneficente Nossa Senhora da Assunção - ABENSA
Fundada em
(com atuação na Villa Guayba, Vila dos Sargentos e Vila Assunção)
Praça José Assunção
Vila Assunção
Condomínio Residencial Poente do Guaíba
Inaugurado: 1978
Avenida Guaíba nº 3500, 3550
Vila Assunção
Grupo de Escoteiros do Mar – Passo da Pátria
Avenida Guaíba, nº 4327
Vila Assunção
PESSOAS QUE FAZEM A DIFERENCA
Pessoas que contribuem com enriquecimento da
Humanidade, Amizade,Civismo.
- São pessoas, são nomes simples diretos e objetivos, chamados, comprometidos com o dia a dia de sua comunidade.
Isto se chama, Responsabilidade.
Dirce - Sra. Presidente da Associação de Moradores
Iara Bauer Pires (In Memorian)
Pedro
Neca
Cláudio
Gelson
Terezinha
Solange Pires Muller
Beto
Helena
Adão
Mara
Todos os dias novos nomes se agregam, -Chame-os.
As Entidades oferecem aos seus Moradores:
- Biblioteca
- Cursos de Capacitação e Cidadania
- Espaço de Informática
- Capoeira
- Orientação Médica
- Orientação Jurídica
- Clube de Literatura e Poesia
- Palestras
- Salão de Festas
- Outras atividades culturais com oficineiros da SMC
- Grupo do Terço - as terças-feiras - 20:00 hrs, senhoras da comunidade se reúnem semanalmente para rezar o Terço na Capela de N. S. dos Navegantes.
- É objetivo a formação de grupo da Melhor Idade, Coro e Acolhimento Festivo para a terceira idade.
Ponta do Dionísio
Faixa da orla, a esquerda - Villa dos Pescadores
LEIA SUA HISTÓRIA
- As inserções estão divididas por períodos cronológicos, pesquise pelo período desejado:
ResumoCronológico
Vila dos Pescadores inserida na história
Histórico
- Muitos fatos estão encravados nas rochas, na terra, nas enseadas da Vila dos Pescadores(antiga Vila Guaíba), pois a história passa, mas as marcas permanecem.
Siga os caminhos da história dos antepassados ao nossos dias.
Área do antigo Estaleiro Só na Ponta do Mello e atual Barra Shopping
Antepassados da Região.
-Caçadores nômades foram os primeiros homens a deixar sinais de sua passagem pela orla do Guaíba, há pelo menos três mil anos. Depois, bem mais tarde, vieram os guerreiros da tradição Tupi-Guarani, que sofreram a tragédia do contato com o europeu.
Estas tribos migraram por problemas ecológicos ou de superpopulação, mas sempre em busca da “Terra sem Males” de sua mitologia.
Vieram invadindo tudo, com seus tacapes, lanças e flechas, apavorando seus inimigos com sues rituais antropofágicos.
Chegaram às margens do Guaíba entre os séculos IX e X, foram estes os primeiros povos a se fixar na região de Porto Alegre, construíram suas choupanas coletivas e ovais. Pescavam no Guaíba ou nos Riachos, exercitavam suas habilidades da caça, abatendo, capivaras, veados, preás, ouriço e outros exemplares da riquíssima fauna local. Participavam da coleta de moluscos, raízes e folhas.
Os Guaranis habitaram todos os atuais bairros de Porto Alegre, em tempo diferentes, das várzeas do Gravataí a zona ao norte (atual Passo d’Areia), ilhas do Delta, as praias da Tristeza, Ipanema, Belém Novo e Lamí, até cruzara divisa com Viamão.
A maior tragédia no território de passagem junto ao Guaíba, fronteira de diferentes culturas indígenas, mais que suas próprias lutas e conflitos entre as tribos foram à chegada dos europeus. Eles chegaram com diferentes intenções:
- Primeiro, vieram os exploradores, sedentos de ouro e prata.
- Em seguida os religiosos, que queriam converter os povos indígenas as cristianismo.
- Por fim os caçadores de escravos.
Poucos se aventuravam a subir os rios de São Pedro (nome dados ao conjunto Lagoa dos Patos, Lago Guaíba e Rio Jacuí), e, na esquina do grande Delta nascerá Porto Alegre.
Houve a dispersão dos povos indígenas da faixa litorânea ou o extermínio em massa provocado por epidemias de doenças trazidas pelos brancos entre e 1500 a 1660.
Os Bandeirantes completaram a obra de dizimar populações em busca de mão de obra cativa e pelos portugueses compradores de escravos. Era tática dos portugueses jogar uma tribo contra outra como haviam feito na África e esperar que os vitoriosos trouxessem os capturados para trocar por mercadorias.
- Temos hoje em dia, muito que credenciar a cultura Guarani.
- Na alimentação, o abacaxi, o feijão (todos), o amendoim, a abóbora, a moranga, os pimentões, pimenta e pimentinhas, a mandioca (que nós chamamos de aipim), e o milho, que a Europa só foi conhecer depois do descobrimento, que aqui já era cozido e assado.
- O poder curativo das plantas medicinais, a boleadeira, da lide dos gaúchos e a tira de pano na testa.
- O chimarrão sorvido da erva forte e servido em porongos e a rede de dormir (para ficar acima do chão, pelos perigos da mata) também vieram com os nossos antepassados guaranis.
- A própria cultura do fumo e o uso do cachimbo foram trazidos para o Sul pelos Guaranis.
- Presença dos Guaranis na região de Porto Alegre é sugerida por uma “Lenda da Índia Obiricí” que morreu por amor fazendo surgir um riacho com suas lágrimas, que deu nome ao atual Viaduto Obiricí e ao belo monumento em sua homenagem, feita pelo escultor Mário Arjonas no bairro Passo da Areia, na Zona Norte, na conhecida Volta do Guerino.
Outras narrativas.
A Lenda da bela Obirici
- Conta-se que a bela índia Obirici, filha do cacique dos Tapi-Mirins, e sua amiga Iurá se apaixonaram pelo mesmo homem, Arakém, filho do chefe dos Tapi-Guaçus.
Arakém gostava das duas, alias namorava ambas.
Embora ponderasse que deveria ser a escolhida, por ser filha do cacique, como ele, Obirici não tomava uma atitude mais forte por não querer magoar a amiga Iurá.
Arakém sugere uma solução.
Já que eram exímias no arco, elas disputariam seu amor arremessando flechas em um alvo determinado. Apesar de mais habilidosa que Iurá, Obirici perdeu o duelo por não conseguir conter sua tensão.
Iurá parte com Arakém, e Obirici com sua dor fica a chorar.
Chora aos deuses que transformam as lágrimas que escorrem por seu corpo e atravessam à areia formando um riacho – o Ibicuiretã.
A tristeza de amor de Obiciri é recompensada.
- Este curso d’água (atual
Arroio Passo d’Areia) atravessa o bairro Passo da Areia (Zona Norte) e deságua no Rio Gravatay.
O Banquete
- De todos os costumes considerados bárbaros que professavam os índios brasileiros quando da chegada dos colonizadores ao Novo Mundo. Nenhum se revelou mais espantoso ao olhar europeu do que a antropofagia.
Mesmo conhecido na Europa a antropofagia, nada se comparava ao requinte do “banquete antropofágico” realizado por quase todos os Tupis e Tapuias.
A morte ritualizada e a deglutição dos cativos representavam o ponto culminante da cerimônia.
Nota:
- Durante as reduções jesuíticas (Missões) os padres contrariados com o hábito de consumir carne crua pelos guaranis, os ensinam a colocar a carne na fogueira e assim nasce também nossa maior tradição gastronômica o “Churrasco”.
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